terça-feira, 27 de julho de 2010

ESTADO INTERESSANTE


No meio da correria de tanta coisa que falta pra esperar o Lucas, voltei pra dar uma reclamadinha básica de como andam as coisas comigo.
Centro de gravidade não existe mais. Quem for mais velho vai lembrar de um personagem de novela, chamado "Cadeirudo", pois é, tô andando queném ele. Os mais íntimos me chamam de pêndulo, balanço de um lado a outro tentando o equilíbrio, mas é em vão.
Banho, só sentada no banquinho, não existem mais forças pra ficar em pé.
Não tenho cãimbras, nem varizes, deconforto, azia, nada disso. Mas o peso nas pernas e um cansaço tremendo nas costas me dominam, chego ao ponto de chorar (escondido, claro).
Trabalho no 4º andar, mas o elevador vai só até o 2º. São 20 lances de escada toda manhã, que me põem à beira do desespero. Só perdem pra hora do almoço na Cracolândia e aquele monte de boliviano tentando me derrubar em plena Santa Efigênia (quase rolou strake umas 2 vezes).
Metrô é "hour concourse". A Sé é o inferno na Terra.
Se alguém toca a campainha lá em casa, sabe que vai ter que esperar uns 15 minutos, pois o trajeto do sofá até a porta é literalmente um parto. Quero morrer quando o Diogo "esquece" a chave.
Pra fechar com chave de ouro, quase tomei um rola no banheiro depois de um pote de condicionador estourar e ficar ali esperando minha entrada triunfal no box.
Não menos interessante foi chegar em casa ontem a noite e ver 12 ovos caipiras estatelados pelo apartamento (detalhe, todo branco), travessura dos gatos que derrubaram a caixa de cima da geladeira.
Chorei, desesperadamente.
Fora isso, a pressão tá controlada, mas tô virada num pão.
Chinelo é a prioridade mor e assim mesmo tenho certeza que vou explodir.
Esse é meu estado galera.
Resumindo: pareço um daqueles bonecos de posto de gasolina, uma espécie de João bobo obeso, inchado, com cara de choro e nariz de coxinha, que não vê a hora desse estado interessante passar.

Obs: Dudinha ajudando a conversa com a barriga.

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