terça-feira, 28 de setembro de 2010

O GRANDE SUSTO


A bolsa estourar já foi estranho, pois ainda não era hora e o Lucas nem encaixado tava.
Até o momento eu não tinha sentido grandes contrações, só as de treinamento.
O parto tava pré-agendado pra dia 04 de outubro, se estendendo pra 20, mas aconteceu 16 dias antes.
Segunda-feira (20/09) eu entraria na 37ª semana e aí sim, ele poderia vir tranquilo conhecer o mundo de cá.
Toda noite eu fazia e refazia contas, olhava tabelas, estimativas, ultrassons, pra tentar imaginar a data certinha do nascimento, mas foi tudo em vão. Na sexta passada, uma sexta absolutamente normal, de trabalho, pizza e novela, a dita da bolsa vazou, sem eu sentir nada, só a aguaceira. Refiz os cálculos e sabia do risco das 36 semanas, faltava tão pouco, eram só 3 dias..., mas não dava pra voltar atrás, agora era rezar. E eu sabia também que cada dia fora do ventre eram semanas na UTI..., mas respirei fundo, afinal o último US indicava peso de 2kg e as chances de um bebê com esse peso são grandes com os avanços de hoje. O parto foi hiper tranquilo e rápido, nunca me vi tão calma. A recuperação foi ótima, superei a dor física, pra estar em pé o quanto antes, esperando aquele serzinho.
Mas ele não veio. 1, 2, 5h pós-parto e nada dele chegar. Um dos atrativos da maternidade era justamente a presença do bebê no quarto desde o nascimento, mas nada disso aconteceria. No momento não me dei conta pois tinha bastante gente vindo me ver, a dor ainda me atazanava e como ele é prematuro, achei até normal o lance de encubadora. Lá pelas 23h, num estalo resolvi sair pelos corredores, até descobrir o Lucas na U.T.I Neonatal.
Não vou conseguir descrever a dor e a angústia que eu senti porque foi a pior de uma vida inteira.
Li muito durante a gravidez, sobre vários assuntos, morria de medo de um monte de coisas, cuidei muito da alimentação e da minha rotina pra que nada desce errado. Me preocupava a pressão alta, o diabetes gestacional, a eclâmpsia, a placenta prévia, enfim, todos os riscos. Parei em frente a encubadora e pensei " não passei intacta até aqui pra isso acontecer" e me concentrei em pensamentos positivos.
Muito, muito difícil lidar com isso, pois li sobre tudo e pulei a parte dos prematuros, não sabia nada sobre eles, só o básico. Na visita de apresentação à maternidade me recusei a entrar na UTI pra conhecer a estrutura, jamais imaginei que fosse precisar. Aliás, jamais pensei em ter um prematuro.
Me deparei com o Lucas, 36 semanas, 2,5kg e 44 cm entre fios, sondas e oxigênio artificial, respirando ofegante, lutando pela vida. Vi bebês em estado muito piores e com mães muito mais desesperadas. Respeito todas que conheci, rezo por seus bebês, mas a dor em ver o SEU FILHO, é a maior dor do mundo e ali minha ficha caiu. Virei o bicho mãe, me estraçalhei uma noite inteira.
O segundo dia foi longo e de expectativa, suspendi as visitas, me encolhi na cama e pedi muitos Lisadores, pra pelo menos tentar amenizar aquela angústia. Dormir era melhor do que encarar a realidade. Cada minutinho era precioso. Cada entrada de enfermeira no quarto, uma esperança. Dane-se a dor, o corte, os pontos, a moça do banho, os remédio e a pressão... Queria o Lucas pertinho só isso, foi isso que eu fui fazer ali. No terceiro dia, as coisas amenizaram e a resposta que eu queria ouvir, finalmente veio. O bichinho é forte, veio pra abalar meu emocional e me dar o grande susto pra eu acordar e viver apaixonadamente pra ele e por ele.
Chorei de felicidade, respirei aliviada e rezei mais ainda pela recuperação gradativa. Não conseguia me imaginar chegar em casa sem ele. Tava no banheiro quando escutei de longe que ele finalmente viria pro quarto. Coração na boca, ele enfim viria pra nós. E veio. Pequerrucho, inchadinho, todo picado, com manchas roxas, mas vivo, recuperado e pronto pra ser o serzinho mais amado do mundo. Abaixo segue uma explicação sobre o que ele teve e também um parecer da OMS sobre bebês prematuros, mas antes, queria deixar registrado meu amor maior pela pessoa que segurou a barra sozinho, desde as primeiras horinhas do Lucas, me poupando desse sofrimento imediato, sem me dizer o que tava havendo, me apoiando e jamais saindo do meu lado, sempre me enchendo de força e carinho. Diogo, há 6 anos vc apareceu na minha vida e transformou tudo nela. Com vc, mesmo sendo essa louca insana e superlativa, aprendi e aprendo todos os dias admirando sua paciência, bondade, generosidade, doçura, e tantas outras qualidades que eu nem de longe consigo atingir. Obrigado por me dar o Lucas e me manter em pé por todo esse tempo. Você é minha força e a sensação de chegar em casa, juntos com nosso bebê é a prova maior de que a gente veio pra vencer e ser feliz, aprendendo juntos essa nova etapa. Te amo muito!

* Agradeço também à equipe Neonatal e maternidade do Hospital Samaritano. Vocês são sensacionais e me deram todo o respaldo e atenção que podia ter.

O que o Lucas teve:
Taquipnéia transitória do recém-nascido - Respiração rápida, que gradualmente melhora durante as primeiras horas ou dias e que não reaparece. Geralmente é devida ao líquido pulmonar fetal não ser tão bem reabsorvido no bebê prematuro quando comparado ao que acontece nos bebês com gestação completa. Os sintomas da taquipnéia transitória do recém-nascido assemelham-se aos da síndrome do desconforto respiratório e o tratamento em geral envolve a administração suplementar de oxigênio ao bebê através de um capacete de oxigênio ou por pressão respiratória positiva contínua (CPAP).
Foram 2 dias de UTI, 2 de semi e 1 no berçário.

OMS
Para diagnostico de parto prematuro é o que ocorre em gestação maior que 22 semanas e menor que 37 semanas na presença de contrações e dilatação do colo.
No curso da gravidez o parto prematuro continua sendo um desafio para o obstetra em decorrência das condutas frente a um parto prematuro. Sabe-se que a prematuridade ocorre em média de 10% dos nascimentos. Cada vez mais estudos tentam delinear os limites para predição de um parto prematuro. O colo curto≤25mm medido em 23 e 24 semanas de gestação e fibronectina fetal positiva foram indicadores de melhor poder preditivo De acordo com a OMS parto prematuro é aquele que ocorre antes da 37 semanas de gestação e mais de 22 semanas.

Dos partos prematuros 1/3 são por rotura prematura das membranas pré termo, 25% decorrente de infecções e 45% de causa ignorada

FATORES DE RISCO PARA PREMATURIDADE

Infecções urinárias.
Hipertensão arterial
Adolescentes
Fertilização assistida
Aminiorrexe prematura
Infecções congênitas: sífilis,toxoplasmose,citomegalovirus,herpes congênitas.
Vaginites.
Gravidez multipla.
Poliidrâmiio
Concepção nos extremos da vida reprodutiva.
Desnutrição.
Stress
Fatores emocionaise
Exercícios físicos excessivos
Tabagismo,Alcoolismo,Drogas ilícitas
Traumatismos
Abortamentos
Anomalias congênitas
Descolamento prematuro de placenta
Placenta prévia .
Alnomalias uterinas , miomas conização,cervicite, corioamnionite
Iimcopetencia istmocervical,
prematuros anteriores.

CONSEQUENCIAS DA PREMATURIDADE PARA O RECEM NATO

Síndrome da angustia respiratória(imaturidade pulmonar, considerado um grande problema para os neonatologistas, pois os pulmões começam a ser desenvolver, após 1 mês de concepção.
Pois no pematuro os pulmões são forçados a funcionar num ambiente aéreo, quando deveriam estae se desenvolvendo num meio liquido).

Hemorragia intraventricular
Enterocolite necrotizante
Sepse neonatal.
Deficiências neurológicas.
Déficit de aprendizagem

COMPLICAÇÕES DOCORRENTES DA ROTURA DAS MEMBRANAS

infecção do feto
infecção materna
prematuros
hipoxia fetal
prolapso de cordão

Critérios Diagnósticos.

Paciente gestante que procura o serviço médico, informando perda de liquidos pelos genitais
No exame temos que diferenciar perda de urina, corrimentos etc.
Cor do liquido, presença de mecônio etc
Dilatação do colo, presença de contrações.

IDADE GESTACIONAL

Colhemos material do canal cervical para os procedimentos de cristalização do muco cervical.
Determinação do PH
Pesquiza de gordura fetais
Auxilio de ultrasonografia

QUANDO DEVEMOS INTEROMPER A GRAVIDEZ

Maturidade fetal.
Preseença de mecônio
Liquido de odor fétido
Infecção
Trabalho de Parto.

CONTRA-INICAÇÕES DA TOCÓLISE.
Morte fetal
sofrimento fetal
sangramento vaginal
doenças hipertensivas da gravidez
Mal formações fetais incompatíveis com a vida
rutura das membranas aminioticas coioaminionite

CONDUTA

Depende do profissional, frente a situação, deve der feita uma avaliação com todos os parâmetros citados acima, em uma maternidade segura com UTI neonatal.
Levando-se em consideração a idade da gestação, peso do concepto para se interromper ou não, a gestação avaliando os risco/beneficio .E as drogas utilizadas respeitando-se as contra indicações.

Fonte:
Obstetrícia- Protocolos de diagnostico e tratamento- Delosmar Mendonça
Princípios emergenciais em Obstetrícia- Francisco L. Gonzaga
Manual de Condutas em Obstetrícia- Hermógenes Chaces Neto
Protocolos de Condutas em Gestação de alto risco- Sergio Pereira da Cunha
Segredos em Ginecologia e Obstetrícia- Helen M Frederickson
Obstetrícia Básica- Bussamara Neme
Gestação de Alto Risco- Manual do Ministerio da Saude

Fonte: http://www.prematuro.com.br/default.htm

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SETE CAMADAS DE PELE


A emoção do parto ainda está fresca na memória, no coração e diríamos, na pele.
Óbvio que preciso contar a minha versão de como encarei o parto, portanto se vc tá prenha, prestes a ou acha que vai

ler algo sublime, vá para o próximo post.
Não tava certa ainda se seria normal ou cesárea, aliás, era a única dúvida na próxima consulta com o Dr.Rony, mas não

deu tempo e devido à pressão alta, cesárea lá fomos nós.
Atenção total em mim, pulso, pressão, sangue, sonda, dói aqui, algum remédio te dá alergia ali, mãezinha pra lá,

mãezinha pra cá..., tava me sentindo!!
Mas, peraí? Que dia é hj?? Sexta? Sábado? Putz marquei depilação só semana que vem, pára tuuuuuuuuuudo! Em

vão... Passei intacta por 12 consultas ginecológicas, pois isso só aconteceria a partir da 37ª semana. Deitada e

completamente nua, só ouvia meu próprio médico dirigindo a "tricotomia"(depilação total naquelas partes), em frente

a pelo menos umas 8 pessoas: -"mais pra esquerda, isso, um pouquinho mais embaixo, tira aí, iiiiiiiiiisso"...
ok vai, mais tarde eu ia perceber que manter o pudor, pelo menos nos próximos 4 dias, seria impossível.
Aí mandam vc sentar e pensar em algo bem relaxante (relaxante? prestes a dar a luz??), me veio um algodão doce

enorme na cabeça, tipo o monstro de marshmellow dos ghostbusters, saca?, sei lá, foi a coisa mais fofa na hora e

aaaaaaaaaaaaaaai, filha da p..............., me picaram bem nas costas. No meio do algodão doce... , tudo foi ficando

gelado, um formigamento imediato, gostoso até.
Daí pra frente, um pano azul subiu e 40 minutos correram.
Foram sete camadas de pele até ouvir o choro, uma ansiedade imensa, mas controlada.
De repente, some todo mundo e vc fica sozinha com uma enfermeira anã te etiquetando e mandando vc ficar quieta.
Cadê o médico?? O bebê?? Dioooooooooooooogo?? Voltem , please!! Me tirem daqui!
Aparecem 2 pessoas que querem te transportar em outra cama. Vc toda cortada é levantada dali e vai pruma salinha de recuperação, já em náuseas, uma das reações da anestesia. Subi pro quarto em 30 minutos.
Começa a maratona de enfermeiras e medicações. Cheguei a tomar 7 de uma vez. Nem imagino pra quê.
Lá pelas tantas, uma das loucas entra no quarto e afirma: - "Vamos tomar banhiiiiiiinho"? Affffffff, me deixa aqui pelo amor, pelo menos uns 2 meses nessa posição, mas que nada, fui e tomei sozinha, sentada, mas sozinha, me recusei que aquela doida passasse sabonete em mim.
No meio do banho descobri a menstruação, depois de 8 meses... Confesso que fiquei puta. Os livros me garantiam que ela só viria em 30 dias.. Tudo bem, processo eles depois.
Apalpações mil na barriga são inevitáveis e chega uma hora que vc nem liga mais.
Sonda, dreno e medição de pressão também, de hora em hora.
No 2º dia a coisa melhorou e a tendência foi essa até o final.
Tirando minha veia ítalo- dramática, correu tudo bem. Cicatrização perfeita, dor suportável.Recomendo.

Minha opinião verdadeira:
- Rápido
- Indolor até a anestesia
- Volta rápida da anestesia, um pouco de náusea, só
- Andei e tomei banho sentada no mesmo dia, curativo, tirei no 2º
- Não tive gases, mas uma dor de pontada, mais aflição do que dor que ainda existe, mas pouca
- A cicatriz ficou show e os pelinhos vão cobrir
- Ainda existe a sensação de órgãos fora do lugar, o útero ainda tá descendo
- Dormir de bruços ainda é sonho, de lado então, nem pensar, durmo sentada
- Conforme o bebê suga o leite, o útero retrai e ajuda na cicatrização

Curiosidades:

A operação cirúrgica que deve seu nome, segundo a lenda, ao nascimento de um dos imperadores romanos Júlio César,

vem dominando o mundo, exatamente como costumavam fazer esses antigos e poderosos senhores. O aumento do

número de cesarianas é um fato mundial e se deve sobretudo ao avanço tecnológico, facilitador de um diagnóstico tão

acurado das condições da criança no útero que, em alguns casos (em centros mais avançados), é possível até mesmo

curar certas doenças fetais. Se antes o feto já se sentia protegido e à vontade em seu elemento, o ventre materno, hoje

ele está ainda mais cercado de cuidados, e quase se pode dizer que sua saúde estará garantida ao nascer. Mas essas

técnicas inovadoras não justificam, por elas mesmas, o excessivo número de cesarianas no Brasil.

1 A recuperação é lenta
2 Há dor pós-parto
3 A recuperação lenta atrasa um pouco a lactação
4 A alta demora mais, o que causa atrasos na retomada de suas atividades
5 A cada cesariana, o trabalho de parto é mais complicado do que no anterior
6 A operação do mioma, neste caso, se complica devido às aderências e às cirurgias anteriores
7 Qualquer operação cirúrgica pode trazer complicações à saúde, o que pode prejudicar a disposição sexual

Fonte: http://www.alobebe.com.br/site/revista/reportagem.asp?texto=1

domingo, 19 de setembro de 2010

LUCAS O NOME "ILUMINADO"


Este foi o primeiro clássico após o nascimento do nosso Reizinho!!! e pra variar vejam quem acabou com o jogo do Tricolor!!!!rsrsrs PREDESTINADO!!!!

sábado, 18 de setembro de 2010

DO ESTOURO DA BOLSA À SALA AZUL





- "Que ridícula, pensei, xixi na cama a essa altura do campeonato?", mas era a bolsa jorrando. Acordei o Diogo pra dar a notícia às 05h30 da matina de sexta pra sábado. A maratona ia começar...
Enquanto ele se revezava entre malas e ligações, eu, muita da calma, entrava no banho.
Dali pra sala de parto foi um minuto.
Tudo muito rápido e organizado: internação, aviso pros familiares, chegada do obstetra, monitoramento, anestesia, quando dei por mim, tudo era azul, ao fundo um barulho de aparelhos pulsando, a frente, meus médicos conversando sobre a última cafeteria bacana da cidade, ao lado, Diogo todo paramentado, que vontade de rir eu tive, mas fiquei ali, imóvel, somente à espera.
40 minutos. Os mais longos até ouvir uma algazarra de que o Lucas estava vindo.
36 semanas, foi o tempo necessário, pra viver esse momento único, desejado, esperado, ansiado.
Até que às 7h36 ele chorou.
Dioguito firme e forte filmou tudo, cada momento, cada detalhe, e segurou a onda de dar as boas-vindas ao nosso pequeno e me garantir o que eu já sabia, nasceu lindo, perfeito, iluminado e nosso filho, pra vida inteira.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ACABANDO


"Tá acabando"... Como assim acabando?
Como vai ser viver sem esse barrigão?
Sem andar torta, curvada pra frente, pendendo pros lados...
Como vai ser passar pela portaria e não sentir a cara de dó do porteiro pensando, "coitada", lá vai aquele barrigão.
Nem imagino assistir tv sem ter essa protuberância a minha frente, onde os gatinhos vão se aninhar??
E o estoque de óleo de amêndoaas? Fazer o que com eles?
Fora que ela mexe né? Como vai ser ficar no vazio e não sentir nem uma cóceguinha?
Andar pelas ruas e ver a piedade no olhar das pessoas, como se estar barriguda fosse esse martírio todo.
Enfim, falta pouco e vai acabar. Essa bola gigante vai desaparecer, sumir e me abandonar, vai deixar saudades, um buraco de tantas recordações, 9 meses de lembranças e tudo que passamos juntas...
Quem sabe quando ela se for, posto a experiência dessa ausência e divido isso com vcs.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

VOOU


Agora eu entendo bem a expressão "passou voando".
E descobri outra coisa interessantíssima. Quando se está grávida, o ano passa mais voando ainda. São 280 dias prenha, já voaram 240...
Não achei que fosse dar tempo de fazer tantas coisas, em tempo hábil quer dizer, antes de não ficar tão pesada, tão cansada. Mas deu. Entre ataques de calor e de hormônios, ficou tudo pronto, assustadoramente pronto.
A casa já tem outra rotina, outro clima.
Passo pelo corredor e já vejo um quarto clarinho de bebê, decorado, estruturado, com direito a carrinho, bebê conforto, banheira...
Abro o armário e me deparo com o cheiro das roupinhas lavadas, passadas, dobradas, a espera de um corpinho RN. As malas de maternidade, exames e documentos também já me olham ansiosas, só faltam falar, "e aí? vamos?"
Até câmera digital a gente comprou. Criou vergonha na cara e comprou.
O chá de bebê, minha maior preocupação até então, também passou voando, e foi ótimo, uma reunião gostosa de amigos queridos e família e um bom resultado de fraldas e presentes. Vai ter um post especial sobre ele, claro.
Olho pra tudo orgulhosa e aliviada e solto um "ufa" por dentro, deu tempo. Valeu a pena os finais de semana no Brás, Gasômetro, Rua da Moóca, Maria Marcolina, Rua Oriente e até na Internet.
Falta pouquinho, mas agora é só curtir essa retinha final e cá pra nós tô adorando, deu tempo até de marcar umas drenagens e de tomar um solzinho no sítio, neste feriado.
Os últimos detalhes são as lembranças de maternidade, que tô fazendo e alguma coisinha decorativa do quarto.
Lucas me acompanha animado nesse finzico de gestação, tá encaixadinho praticando seu Braxton Hicks (treinamento de contrações de trabalho de parto). Sinto o pé dele no meu diafraga empurrando todos os órgãos que encontra pela frente, mas ele precisa treinar, afinal setembro voa!