sexta-feira, 30 de novembro de 2012

TERRIBLE TWO

Acabou a fase fofa. Li muito sobre os 2 anos e todas as novidades que viriam com ele. Apesar da boa educação, da doçura, do senso de independência, do bom garfo e inteligência que é, meu filho captou as coisas terríveis que os 2 anos oferecem. Manha, birra, teimosia, raiva, arrogãncia, ansiedade, braveza, escrotice, ruindade, enfim...pacote compelto. Falo, explico, ouço, conto até mil, ponho de castigo e até bato. Sim! Bato! Medindo força, tirando um pó de leve, mas não dá pra passar ileso pelas palmadas. Se não, não há limites. Pouco me ouve, aliás ouvido seletivo, só escuta o que lhe convém. E convém a hora do suco, do chocolate, do teatro, do passeio e da escolha do brinquedo. Banho, almoço, parar as cambalhotas, não subir no gato e não riscar a parede, a surdez é absoluta. Difícil não perder a cabeça ou chorar numa situação assim. E têm sido noites difíceis. De muito choro das duas partes, muito cansaço físico e mental e muita barganha. Aprendi a negociar...se não comer, não chupa chupeta, se não tomar banho não vê tv...infelizmente, criando um mercenariozinho. Por mais que eu seja contra ver muita tv, ela é um mal necessário. E justo entre às 19h e 21h preciso mais do que tudo do Bob Esponja pra me ajudar nas tarefas da casa e nas 2 horas de paz. Uma violência se segue, e eu ali diante de um filho hipnotizado e cruel diante dos bofetões que o Calça Quadrada desfola no coitado do amigão Patrick. Me horrorizo com a diversão do Lucas vendo olhos saltarem das órbitas, caras ficando deformadas com portadas, peixinhos sendo ridicularizados, chefes humilhados e mais milhares de atrocidades praticadas por aquele ser esponjudo que mora num abacaxi. Abacaxi instigado por mim, que simplesmente deveria desligar a tv ou procurar uma opção mais meiga, tranquila, condizente com os poucos 2 anos. Recebo um abraço assim que o desenho acaba. E um eu te amo, mamãe. Respiro aliviada, retribuindo o gesto e acreditando com todas as forças, que aquilo é uma fase, independente do Bob Esponja, afinal, cresci vendo Pica-Pau e Tom & Jerry, e eles não me parecem nada sãos olhando com a maturidade de hoje. E não me tornei um adulto autoritário, egocêntrico e sanguinário, não distribuo maldades, muito menos saio socando o mundo. E naquela fase dos 2 anos, eu também pintei várias paredes, subi em muitos gatinhos e certamente, barganhei a chupeta após o jantar...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

2 ANINHOS E 3 FESTAS!

Olho pra você e não vejo mais aquele bebê gordinho, cheio de dobrinhas. No lugar delas, braços e pernas desproporcionais ao resto do corpo. O choro não é mais um choramingo miado, mas uma voz rouca acompanhada de algum verbo imperativo: “quéio”, dá, posso ou eu “sabo”. Aliás, nos quesitos querer, poder e saber, você se tornou um expertezinho. Com esse jeitinho de moleque fofo, consegue tudo, absolutamente tudo que quer, entre copiosas lágrimas e gritinhos de felicidade. E uma felicidade imensa me toma, quando olho bem fundo pra você e percebo uma criança esperta, feliz, inteligente e muito ativa. Ao mesmo tempo doce, tranquila e do bem, com todos e com a vida. São 2 anos, 2 anos completos de ciclos diferentes e de um longo desafio e aprendizado. Antes eu te ensinava tudo, agora é você quem me ensina. Me ensina que o dia a dia é feito de amor, paciência e oscilações de calmaria e tsunamis. Mas é esse dia a dia que me faz rir das suas frases mirabolantes, do seu jeitinho carinhoso, das suas travessuras de pular na cama e dar cambalhota e desse sorrisão que Deus me deu e que é simples de arrancar. Repito aqui o que desejei no dia do seu aniversário pra marcar definitivamente mais um início de ciclo, um ciclo cheio de sorrisos e saúde! Saúde! É só isso que desejo pra sempre na sua vida. Nada de poemas, nem palavras bonitas, nem nada, porque todo o resto vem quando se tem saúde. Saúde meu filho, muita saúde! Overdose dela pra sempre! Feliz 2 aninhos!!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A GALINHA DE JACAREÍ

Seria mais um final de semana gostoso e agitado em família, não fosse um certo passeio que resolvemos fazer com os pequenos. Não que não tivesse sido gostoso e agitado, mas digamos, foi diferente para as crianças. Liderados pela caravana da Tia Fê, lá fomos nós, às 5 da tarde ao Ginásio de Jacareí, assistir uma fake Galinha Pintadinha, com a participação do Lazy Town e Doc do Discovery Kids. Quem tem criança vai entender os nomes acima, e a dita galinha todo mundo conhece. Nosso medo era a Galinha não ser lá muito parecida com a verdadeira e decepcionar os pimpolhos, mas por 30 contos a gente se divertiu a valer. Claro que a hora que me apareceu um dinossauro na história do Lazy Town, Duda quase enfartou na cadeira de plástico quebrada do enorme ginásio, enquanto Lucas na sua santa inocência achava que era o "Marnei" (do Barney dinossauro). Nem tentei explicar, tadinho, vai que era outro a enfartar neeeeeeeammmmmmm? Sei que o dinossauro foi um show a parte, público e notório o cansaço do "ator" que já tava sei lá, na 3ª apresentação do dia e ainda ia encarar mais 2 sessões. Ele mal conseguia dublar a história. Siiiiiiiiiiiiiiiim!!! Foi tudo dublado, um show de interpretação!!!! E dirigido também! A menina que fazia a Stephanie?? Pode ser??? Nem imagino o que é Lazy Town...ela que dava as coordenadas pra alguém na coxia apagar, acender ou piscar as luzes e os efeitos especiais (fumaça, era o único efeito pirotécnico). Mas o momento mais esperado foi a entrada da Galinha. Valeu a pena pela carinha deles, amaram de coração! Ficou a desejar o número de músicas. Acho que por ser fake, só podem cantar 6 ou 7 e foi isso que fizeram. Nota especial, claaaaaaaaaaaaaaaro, pro galo carijó, que com toda certeza do muuuuuuuuuuuuuuuundo era o cara que fazia o dinossauro também. Tava que parecia que ia cair duro no palco de tão cansado e suado naquela fantasia peluda e quente!!! NO final do show, R$ 20,00 pra tirar foto com a Galinhada no palco, mas Tia Fê muito esperta pegou a máquina e clicou o momento. Saímos de lá muito felizes e satisfeitas e com os bambinos aos gritos de felicidade. Lucas ainda ganhou de presente as pelúcias da Galinha e do pintinho, da dindinha querida e dormiu gostoso abraçado nos dois novos amiguinhos.
Pópópó pra vcs!!!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

E O BEBÊ CRESCEU

Hoje nosso pequeno completa 1 ano e 8 meses. E eu fico pensando quanta coisa aconteceu nesse ano que mal começou e já está no meio de maio. Nosso bebezico está perdendo os "ares" de bebê. Mas eu ainda insisto em chamá-lo assim. Pergunto quem é o bebezinho da mamãe e ele responde. Ele responde gente! Fala tuuuuuuuuuuuudo! Se comunica muito, interage, tem personalidade, mostra opinião, faz valer suas vontades, impõe o que quer, e agora descobriu a palavra "quero". Tudo tem um quero na frente. "Quero a peta", "quero tetê", "quero papá", "quero cói". Impressionante! A parte doencinhas na escola também deram uma trégua apesar dessa friaca desgranhenta. Acho que enfim, a tal imunidade rolou. Esse ano e período eram a nossa prova de que a medicação que ele toma desde os 7 meses está valendo a pena. Santo Singulair! Nenhum grande susto nunca mais. Esse mês recebemos a pastinha de atividades do bimestre escolar. E é tão gratificante ver seu pequerrucho aprendendo as coisas. Já sabe contar até 5. Reconhece as cores e tem preferência pelo "veimeio e amaieio". Sabe formas geométricas "tiangu", "circu" e "cadadu". Conta o que fez na sala - "pinto, giz no papel", "vi cocó" e o "pacacá". Aliás, o pacacá é uma obsessão alucinada. De 20 palavras, 19 são "quero pacacá". Um dia ainda vou contratar um pra ficar 24h ao lado dele. Voltando à escolinha, a parte temática também está bem divertida. Ele já participa de várias festinhas e conta que teve bolo e parabéns, já veio fantasiado de índio, coelhinho, e até prestou homenagem ao dia do circo e de Monteiro Lobato. Dia das Mães nem se fala. Fez ele mesmo um presentinho simples com as mãozinhas que quase desmaiei de emoção. E agora tá mais gostosa essa participação pois podemos levá-lo à passeios mais interessantes. Semana passada fomos ao Aquário de São Paulo pra ver os "pessinhus". Ele amou! Saindo de lá fomos ao Playland e não é que ele se divertiu no meio daquele monte de brinquedo barulhento! Sem contar que a mala de sair, ficou menor. Como ele se alimenta normal, quilos de coisas ficaram pra trás. Ufa!! A jornada da vez agora é desfraldar. Aos pouquinhos estamos tentando. A última parte desse meu relato de menino crescidinho é que ele virou celebridade! Mês passado foi escolhido pra lançar uma campanha da RiHappy e foi muito profissional, estará no ar em comerciais de tv e no material promocional da loja até final do mês. Não preciso dizer a emoção que foi me deparar com ele estampando a vitrine! Essas são as peripécias atualizadas do baby e mamãe aqui já tá quebrando a cuca pra festinha de 2 aninhos!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

DIA DAS MÃES COMO REALMENTE É

Post muito bem escrito pela Mariana, uma blogueira como eu, mãe que acredita que a felicidade não é padecer no paraíso e sim divertir-se nele!
*esse post contém sincericídio, confissões desnaturadas e tiros no pé. Talvez amanhã eu alegue que o MMqD foi hackeado e que disparates foram ditos em meu nome, ok?* Oi, meu nome é Mariana e eu sou mãe de dois. Nesses meus quase 5 anos de maternagem, fui elaborando algumas questões que hoje vejo de uma maneira que seria impensável 5, 4 ou 3 anos atrás. Vai ser pesado, gente. Eu vou tentar não defender minha postura e sim expor uma questão que tenho vivido, ok? Praticamente uma terapia em grupo (dizem por aí que a blogosfera materna é opressiva, mas prefiro pensar nisso aqui como um grupo de apoio, onde todos se abraçam e choram no final). Pois bem. Do todos os discursos que a palavra MÃE carrega, dois sempre me incomodaram. O primeiro é o da felicidade incomparável, superior e sobrenatural que a maternidade traz. Ser mãe dá sentido à sua vida. Te faz conhecer o amor e a felicidade incondicionais, de um modo que você nunca conheceria de outra forma. Ser mãe é a melhor coisa que pode acontecer na vida de uma mulher. Quantas frases parecidas com essas vocês viram pipocando no facebook ou na TV nessa semana, hein? O segundo, contraditoriamente, é o do sacrifício. A gente pega frases famosas acerca da maternidade e o que se lê nas entrelinhas é que filhos são uma espécie de castigo. Ser mãe é padecer no Paraíso, confere? Toma que o filho é teu. Quem pariu Mateus que o embale (impressão minha ou o tom aqui é: Quem pariu Mateu que se f*, não conseguiu manter essas pernas fechadas, agora aguenta?). O filho é quase um fardo a ser carregado. Para a mãe, sofrer é bonito, perceberam? É a expiação dos nossos pecados, que começa com as dores do parto, blablabla. Então vamos romantizar as dificuldades e tirar daí nosso valor como mãe. Quédizê: quem pariu Mateus que o embale - mas fica calma, mãezinha, que embalar Mateus vai ser a maior felicidade da sua vida! Hum, sei. Fosse assim, povo ia estar se estapeando pelo privilégio de embalar Mateus em vez de jogar a criança em cima da sua progenitora, correto? Meio confuso, isso. Mas não importa. Nós assumimos felizes esses discursos. Padecemos no paraíso, embalamos Mateus, sentimos o amor sobrenatural e agradecemos a dádiva de ser mãe. Fazemos isso nos nossos blogs, nas conversar com amigas, nas novelas e nas propagandas de fralda. Eu mesma já fiz, e muito, tudo isso aí. Me sinto a embaixadora das mães e bebês no planeta Terra (que mãe blogueira não se sente?). Aí, quando quero brincar de "maternidade real", falo um pouco de cocô no parto ou de como as birras da minha filha são chatas. Agora segura essa "maternidade real", Berenice!: tem coisas que eu não ouso dizer. Nem no blog, nem no facebook, nem para as amigas. E vocês também têm, a-pos-to. *** Daí que eu tive a fase do encantamento enlouquecido pelos meus bebês. Acreditei (e senti) que a minha vida ganhou sentido depois dos filhos. Que só agora eu estava conhecendo a felicidade. Que ser mãe é sim a melhor coisa que pode acontecer na vida de uma mulher. Aí os hormônios baixaram e eu recuperei a clareza de pensamento entramos em fases um pouco menos arrebatadoras. Passada a paixão enlouquecida, o que ficou foi um amor imenso e a sensação boa de pertencer àquelas pessoas, àquela família. Mas me dei conta que: a minha vida não "ganhou sentido", ela já tinha. A felicidade eu conheço desde muito cedo, graças à uma família ótima, escolhas certas e muita sorte nessa vida. Ser mãe é a melhor coisa que pode acontecer na vida de uma mulher? Não sei. Para mim, ser mãe é muito bom, muito transformador, muito difícil, muito enriquecedor, muito cansativo, muito engraçado e traz sentimento muito, muito intensos. E para você? E para a sua amiga? E para a sua própria mãe? Será que todas têm a mesma opinião? O que estou querendo dizer é: padronizar as mães e esperar delas que vistam a camisa d'A Mãe (a que se doa integralmente, vive para o filho, sofre sempre com um sorriso no rosto) - é sacanagem. As coisas não são tão previsíveis, os sentimentos não são tão puros, os momentos mudam, nós mudamos. As mães, mesmo tão iguais, são diferentes. E se um dia você ousar pensar que, bom, os filhos são muito importantes mas não são A sua vida e sim PARTE dela, pronto: você não é mais A Mãe. Você foi chutada do clube das mães sorridentes vestidas de branco que declaram que não eram nada e não conheciam o amor e nem tinham nenhum sentido em suas pobres vidas antes da chegada dos seus pimpolhos. Eu não estou apontando o dedo para ninguém além de mim mesma. Eu já sorri e fui uma mãe de branco declarando tudo isso aos quatro ventos. E era sincero. Mas não era toda a verdade, só parte dela - a parte mais bonita. Hoje eu entendo isso um pouco melhor. *** Vou contar uma historinha que explica um pouco a minha trajetória de encontrar, entender, odiar (ui!) e perdoar (quase) a mãe que eu sou hoje. Eu fui a mãe integralmente dedicada aos filhos. Fui a mãe que, orgulhosamente, dá conta. Tive muita ajuda da minha mãe e da moça que trabalha em casa, mas as funções primordiais foram nossas, minha e do maridão. Mais minha, porque o acordo era esse: ele trabalhava fora e eu trabalhava "dentro". O meu trabalho eram as crianças (fiz um ou outro freela, coisa curta que não chegou a mudar a rotina). Foram 3 anos e 8 meses assim, e então eu arranjei um freela mais longo e precisei contratar uma babá, o que era o meu pior pesadelo. Precisei porque a escola que escolhemos não tinha período integral e porque eu não queria mais abusar da minha mãe como abusei nesses quase 4 anos. Com dúvidas, com dor e com culpa, contratei a babá. E aconteceu o impensável: a presença da babá tornou a minha vida melhor, a ponto de eu não deixar a moça ir embora mesmo depois do freela acabar. Hoje trabalho em casa e tenho essa desculpa para mantê-la, mas cá entre nós: mesmo se o trabalho se for, a babá fica. Precisar, não precisa - eu ainda posso dar conta, como dei por tanto tempo. A babá fica não porque eu preciso, mas porque eu quero. Ai, o querer. E mãe lá pode querer alguma coisa, ainda mais se essa coisa não for necessariamente o melhor para os filhos, como é o caso? Sim, sim! Eis o ponto, o xis da questão, o EUREKA de todo esse meu falatório. O que mudou em mim de 5 anos para cá, graças ao estalo de admitir que eu também posso querer, é que eu comecei a valorizar o bem estar da mãe (e do pai) tanto quanto o dos filhos. E isso mudou a forma como algumas coisas acontecem aqui em casa. Só que eu dei azar, colegas. O meu querer não é o querer certo para uma mãe de família. O meu querer, na maioria das vezes, passa longe das brincadeiras de pega-pega ou da boneca que faz xixi. O meu querer é meio egoísta e adulto demais. Conflito de interesses detected. E agora? Sorte das mães cujos quereres são os mesmos dos pequenos. Ou daquelas que ficam muito bem no esquema "dedicação total a você" e para quem a doação total é recompensadora, estilo se meu filho está feliz eu também estou. Minhas sinceras palmas pra elas, acho admirável, até invejo. Mas (quero crer que) existem mães como eu, com esses quereres tortos. Mães para quem a doação total é custosa, chata e com força suficiente para pesar a rotina, atrapalhar a vida, tirar o tesão. Mães do tipo se meu filho está feliz, eu também estou, mas não completamente. Parece que falta algo... Pra mim, dentro do esquema "mãezona" que eu me impus, faltava eu. Não no começo, quando a maternidade me preenchia, mas depois de um tempo, com as crianças maiores um pouquinho. Faltava eu para além da mãe, saca? Sinto falta da esposa, amiga, profissional, botequeira e festeira que eu posso ser. Da moça que lê e vai ao cinema e dança fazendo um inevitável biquinho. Da defensora da preguicinha domingueira, do ócio criativo e do dolce far niente. Tudo o que eu ainda quero ser exige tempo. Os filhos também. De modo que, céus!, eu não raras vezes prefiro estar sem os filhos por perto para tocar certos aspectos da minha vida. Tenho adorado dividir a parte chata da rotina com a babá. E pior (segura, gente, que vai ser uma revelação fuerte!): descobri que eu não tenho o mesmo prazer que vejo escancarado por aí no que diz respeito à maternagem. Amo os meus filhos (que são incríveis, inteligentes, simpáticos, sacanas e genuinamente legais, como não amar?). Mas não amo a tal rotina de mãe, não. O trabalho 24/7, as brincadeiras repetitivas, os horários limitados. Eu encaro tudo isso, é claro. Assumo a responsabilidade. Mas não adoro, pelo menos não no atual momento (porque a minha disposição também tem fases). Agora vamos lá: Se não queria ter o trabalho, pra que teve filhos? em três, dois, um... Sim, já sofri por me cobrar desse jeito, mas parei. Acho tão simplista reduzir a maternidade a isso, a uma vocação, ou uma competição pra ver quem é melhor, mais dedicada, mais capaz. A maternidade envolve sentimentos tão complexos, imprevisíveis, contraditórios, mutantes. Reduzí-la a "filhos são a razão da minha vida" é pouco. Eu tive filhos porque quis, porque continuo querendo, porque eles trazem coisas fantásticas. Ser mãe me faz melhor e acho que tenho plenas condições de criar pessoas felizes, bacanas e psicologicamente saudáveis (se é que isso existe). E eu ainda tenho trabalho, ô se tenho, podem acreditar. Só resolvi facilitar a minha vida. Resolvi que não quero endossar o tal discurso do sacrifício, essa coisa meio mater-dolorosa-way-of-life. Isso não encaixa com a minha pessoa, gente, faço mais o estilo culpa-free (meta ainda não atingida, mas se um dia acontecer serei chutada do clube d'As Mães de vez, hoho!). Sou melhor sendo a mãe que vai ali, mas quando volta tá animadona, do que a mãe sempre presente com cara de bunda. O ideal seria ser a mãe sempre presente e animadona, claro, mas acho que eu não sou, não agora. Já fui. Talvez volte a ser. Mas agora, nesse exato momento do espaço-tempo, não sou. *** Então eu não sou a mãe que sonhava ser. Como lidar? É melhor engolir uma certa frustração em nome da "maternagem ideal" que nos valoriza como mães e garante o melhor para os filhos, ou devo equilibrar as necessidades de todo mundo, nem que isso signifique ser egoísta, às vezes, em nome da sanidade geral do lar (e específica da mãe em questão)? Eu demorei quase 5 anos para escolher a segunda opção e, sobretudo, fazer as pazes com ela (ainda em processo, of course, porque nada nessa vida é simples, amigas). Admiti há pouco tempo que nem toda a decisão que tomo bota os filhos em primeiro lugar. E vejam: não digo isso com orgulho, de modo algum. É com vergonha. O que estou fazendo aqui é admitir certas falha que parecem incompatíveis com a maternidade: eu sou imatura, um pouco egoísta, um pouco hedonista e muito preguiçosa. Ou nego isso e viro a mãe perfeitinha e frustrada de filhos absolutamente felizes (quem dera fosse garantido assim, né?), ou admito as falhas e tento equilibrar as minhas necessidades e as dos meus filhos de modo que ninguém saia perdendo muito. Escolhi o equilíbrio. E, sinceramente, não sei se meus filhos perderam tanto assim. Sei que eu ganhei muito. Para terminar, uma analogia bonita usando um cenário idílico: era uma vez uma montanha muito alta. Lá no topo, com uma vista fantástica, estavam as minhas crianças. Cá embaixo, quase no chão, nós, os pais. Só que não estava dando muito certo. As crianças são importantes, mas nós também, ué. Então tiramos as crianças do topo e fomos, todos juntos, para uma clareira um pouco mais embaixo (é que no topo não cabem os quatro). Agora toda a família está junta, não tããão lá em cima, mas no alto o suficiente para a vista do horizonte continuar sendo bem bonita. Não mais a vista espetacular que era exclusividade das crianças, mas uma bela vista que a família inteira compartilha (e quem disser que quem compartilha é a babá leva uns croques na fuça!). *** Então é isso. Ou não é nada disso e eu estou apenas tentando loucamente justificar o meu pecado capital, a maternidade preguiçosa. Vai saber? Feliz Dia das Mães, mães! Aproveitem a data e se dêem um presentão: se façam tão felizes quanto fazem os seus filhotes, tá? (Dito isso, pessoa desliga o computador e corre para marcar uma terapia.) Fonte: http://minhamaequedisse.com/2012/05/um-antipost-de-dia-das-maes/

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A PÁSCOA DOS PEQUENOS

Foi um auê preparar a Páscoa das crianças. Primeiro porque eles inventaram de dar baile à noite e dormiram tarde, segundo por causa da minha cirurgia recente..., não foi nada fácil encarar tanta guloseima e chocolate e terceiro porque tivemos que improvisar patinhas de coelho, ninhos e tudo mais, pra satisfazer a avó...que queria porque queria que as crianças entendessem uma caça ao ovo!!! Mas foi uma satisfação e no final tudo deu certo. Já é a segunda Páscoa deles, claro que não entenderam muita coisa, mas valeu cada pegadinha seguida. Os ovos foram discretamente confiscados, pra evitar grandes dores de barriga! Mas a lambança foi grande! Além disso, muito sol, piscina e diversão pura nesse feriado. Taí as fotos pra comprovar essa doce alegria!

terça-feira, 27 de março de 2012

NOVA FASE



Uuuuuuuuuuuuuuuuuufa! Voltamos!
Esses 3 primeiros meses de 2012 foram tão intensos que abandonei o blog do pequeno. Sorry! Mas vamos ver se coloco tudo em dia pra vcs.

Lucas está com 1.6 completos e já tá perdendo os ares de bebezico.
Foi promovido ao mini maternal logo no início do ano e não demorou muito a desembestar a sua independência. Em 1 mês de escolinha já falava mamãe e papai, bola, peixe, porta, porco, oi, pé, mão, entoava o boi da cara preta, pedia colo, tete, tirava a roupa, tentava comer sozinho, dizia não pra o que não queria e fazia ligações (interurbanas, até!).
2 meses, quase 3 depois, fala de tudo. Sem a menor preguiça em nos repetir.
E falamos bem pausadamente, de igual pra igual pra que ele associe e compreenda direitinho...e o danado entende viu?
Testo ele de todas as formas.
-"Lucas, abre a gaveta e traz o brinquedo amarelo"... e ele traz
-"Chacoalha a garrafinha pra mamãe"...como ele sabe o que é chacoalhar? Será que foi o Bob Esponja quem ensinou?
-"Liga pra vovó Sirley...e ele pega o telefone e fala alô"
Sei que é uma das fases mais gostosas até o momento, de muita interação e risadas. E ele vem sugando ao máximo a experiência na escolinha, aprendendo a dividir, socializar, respeitar, ter mais limites, desenvolver coordenação, gastar energia e até comer melhor. Não que isso seja problema, porque ele puxou bem o DNA dos papys nesse quesito.
A rotina também está outra. Acorda cedo, bem cedo, às 6 da manhã, dorme pouco a tarde, volta pra casa às 19h e 21h já pede "cói", tete e cama. E finalmente as coisas estão nos eixos na hora da novela, principalmente agora, novela nova!!
Ainda não estamos desfraldando, mas o porquinho avisa quando fez cocô, e até fala que fez e que é cagão! Claro que a frase é do pai!
Grande desafio agora é ele falar uma palavrinha que tem ouvido bastante dentro de casa: GAS-TRO-PLAS-TIA!!!! Fiz uma, faz 1 semana...
Eu diria que...tá quaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaase falando!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

PARABÉNS PRINCESA








Aquele 26 de janeiro de 2010 seria inesquecível.
Lembro de estar numa reunião, a primeira do ano no emprego novo, e olhar no relógio super aflita não vendo a hora que aquilo acabasse.
Lembro de subir apressada pra sala e ouvir: nasceu!! nasceu!! e gente me abraçando e o telefone tocando, e eu chorando, querendo que um pó de pirlimpimpim me fizesse chegar logo do outro lado da cidade. E era longe, muito longe do centro. Numa tarde chuvosa pós feriado, às 17h.
Não aguentando de ansiedade subi feito louca a Paes de Barros, naquela chuva, de salto alto, sem saber que Lucas, uma sementinha ainda, tb já habitava esse mundo.
Entre tropeções e guarda-chuvas me esbarrando, cheguei, finalmente, numa corrida que parecia não ter fim, e toda enxarcada me deparei com vc: 2.100kg, chorando de fraldinha. Um toco de gente, que hj completa 2 aninhos de vida, intensos, cheios de alegria, gargalhada e arte. E é por isso que eu sempre posto esse poema abaixo, pras menininhas do meu coração, que eu nunca, nunquinha que queria que crescessem. Pra sempre continuar sendo nossas "menininhas".
Parabéns minha Duda. Parabéns por ter começado a povoar essa família, por ter aberto a porteira da 4ª geração, que hj já tem mais 2 serezinhos que fazem nosso coração ficarem mais ternos e quentes de felicidade. Parabéns minha menina!

Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha, não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
... Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão
Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão
Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
E também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei

Vinicius de Moraes / Toquinho