quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

CAVERNA DO DRAGÃO




Tava eu quieta no quarto, quando de repente ouço um atordoamento de sons vindo da sala.
Sons não! Barulhos. Mas boooooooooooooooota barulho nisso.
Não que o ser em questão já fosse a pessoa mais silenciosa, longe disso. Até acho que ele é meio surdinho, por causa da tv no volume 23, mas o barulho realmente superou expectativas.
Um misto de fórmula 1 com paintball, urros e último dia de campanha da Dilma.
I-N-F-E-R-N-A-L.
Me dirigi ao epicentro do caos (a sala), eu + minha fúria assassina.
E me deparei com a barulhenta criatura apertando um joystick de olhos grudados na tela.
Esta, por sinal, revelava dragões voando desgovernados, homens medievais com bazucas nas mãos e sangue, muito sangue.
Ao lado dessa sandice toda, um pacato e inocente bebezinho assistia às cenas, achando que era ScoobyDoo. Sim minha gente! O coitado do Lucas, tava ali, mordendo a mãozinha de borracha verde, enquanta papai herói matava dragões malvados.
Tirei o bichinho dali o mais rápido que pude. Instinto, fazer o que.
E fui ler sobre o assunto.
Claro que me horrorizei porque uma coisa puxa a outra em portais de bebês e cheguei numa parte que eu temia.
Olha a história: um casal americano sempre assistia à filmes de terror assim que seu bebê dormia. Tempos depois a criança desenvolveu a síndrome de terror noturno e tinha constantes pesadelos.
Resumindo, faz 1 semana que o vídeo game chegou, faz 1 semana que Lucas acorda aos berros, todos os dias às 5 da matina, soltando estranhos grunhidos.
Inda bem que semana que vem tem pediatra.
Me resta consolar o pequeno, dizendo bem baixinho pra ele: "Calma filhote, vc nem viu o que é pesadelo ainda. Um dia te mostro o carnê do IPVA, o boleto do aluguel, a conta do celular..., calma filhote, calma"!

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